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Todos sabem que o modelo base de afeto surge da relação entre o bebê e quem os cuida, sejam eles os pais biológicos, outros familiares, ou simplesmente, outras pessoas que garantem a sobrevivência desse ser. Em resumo, a relação de afeto que implica em “apego”, estrutura-se em torno do bebê e a pessoa que ele escolhe.
Nessa trajetória o sujeito adquire virilidade e é posicionado como objeto de desejo materno. Ao si sentir desejada a criança se torna sujeito desejante e por ser sujeito de desejo se lança no mundo em busca de seu objeto que pressupõe a sua completude de ser( Waieser Bastos). Da mesma forma, quando da identificação sexual, a triangulação não exclui as diversas possibilidades de vinculação. Em outras palavras, a estruturação edipiana configura-se em torno da função materna e paterna, independente do sexo biológico ou grau de parentesco e proximidade na vinculação. A partir desses enlaces o apego se estruturará pela inserção em um triângulo relacional. A formação do apego também está ligada a um processo inato de avaliação proprioceptiva e ambiental que favorece comunicação e sobrevivência. Além disso, por serem organismos imaturos, as crianças tendem a se aproximarem dos pais para minimizar possíveis riscos de vida. Esse movimento de apego muda em decorrência do aprimoramento das habilidades das funções materna e paterna. Assim, crianças que desenvolvem apego de forma adequada reagem à separação de suas figuras escolhidas com protestos, demonstrando terem construído sentimento de segurança interna aprendido pelas idas e vinda da pessoa ainda quando eram bebês. Esse sentimento de segurança que a criança tenha estabelecido o objeto de amor, distinguindo-a uma pessoa estranha, que não é mais a mãe, que só será possível se uma unidade de apego tiver sido escolhida. Os seres humanos relacionam-se entre si através da linguagem. Esta é a civilização do simbólico. Ao instituir a linguagem como condição do ser social, ao exigir a troca, a substituição. A cultura exige do sujeito sua submissão a esta norma, desta forma, o simbólico torna-se o intimo, individual, algo que está para além de todos nós, que não pertence a ninguém e que se constitui na condição mesma de que possamos ser humanos. É aqui que situamos aquilo que Lacan chama de Outro. “O Outro, para Lacan é o lugar do código, da convenção significante, daquilo que está para além dos sujeitos falantes, envolvidos num diálogo. É o lugar do saber inconsciente”.
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UNIVERSIDADE NILTON LINS
CURSO: PSICOLOGIA – 3º PERÍODO DISCIPLINA: TEORIAS E SISTEMAS EM PSICOLOGIA II PROFESSOR: WAIESER BASTOS ACADÊMICA: LINDELMA ROCHA COSTA DATA: 24/08/2011 TEMA: TEXTO- ESTRUTURA DO SUJEITO – OS TRÊS TEMPOS DE ÉDIPO. NO PRIMEIRO TEMPO DE ÉDIPO, MÃE E FILHO MANTÊM UMA RELAÇÃO DE NECESSIDADES RECÍPROCAS, EM QUE O BEBÊ PRECISA EXPOR SEUS DESEJOS E A MÃE POR SUA VEZ, PRECISA COMPREENDER ESSE DESEJO PARA SATISFAZÊ-LO E SATISFAZER-SE AO MESMO TEMPO. DESSA FORMA, A MÃE POSICIONA-SE COMO ÚNICA FORMA DE SATISFAÇÃO DOS DESEJOS DO FILHO, EM CONTRA PARTIDA, O BEBÊ TAMBÉM SE TORNA PARA A MÃE OBJETO DE REALIZAÇÃO, POIS AMBOS COMPLETAM-SE AO REALIZAR SEUS DESEJOS UM COM O OUTRO. E ASSIM, MÃE E FILHO REALIZAM-SE ATRAVÉS DA CONSTITUIÇÃO IMAGINÁRIA CONSTRUIDA POR AMBOS QUE OS TORNAM SERES PERFEITOS PARA SUPRIR SEUS DESEJOS. NESSE SENTIDO, A MÃE ACREDITA QUE ESTÁ RESPONDENDO A FORMA QUE O BEBÊ ENCONTROU PARA DESENVOLVER SUA LINGUAGEM E BUSCA PREENCHER TODAS AS FORMAS DE NECESSIDADES DEMONSTRADAS PELA CRIANÇA, ASSIM ELA ESTARÁ TAMBÉM PREENCHENDO SUAS LACUNAS, POR MEIO DESSE OBJETO IDEALIZADO. NO ENTANTO, É NECESSÁRIO QUE O BEBÊ ENCONTRE SUA PRÓPRIA FORMA DE REALIZAR SEUS DESEJOS, ASSIM COMO A MÃE QUE DEVERÁ ENCONTRAR UMA NOVA FORMA DE REALIZAR SUAS CARÊNCIAS, QUE SEJA INDEPENDENTE DO FILHO. DIANTE DESSA NOVA POSTURA, AMBOS UNEM-SE NO INTUITO DE NÃO PERMITIR QUE SEJA DESFEITO SUA FORMA ENCONTRADA DE SATISFAÇÃO PESSOAL. PORÉM SURGE O SEGUNDO TEMPO DO ÉDIPO, QUE TRÁS O PAPEL DO PAI INTERVINDO NO DISCURSO QUE ANTES ERA APENAS DA MÃE, POIS SE POSICIONA DE FORMA A PROIBIR QUE MÃE E FILHO VIVAM APENAS DE SUPRIR SEUS DESEJOS UM NO OUTRO OU QUE A CRIANÇA SEJA CONSUMIDA PELOS DESEJOS DA MÃE. SENDO ASSIM, O PAI POSSIBILITA QUE O FILHO QUE ANTES ERA APENAS OBJETO DE DESEJO DA MÃE E VICE-VERSA, PASSA A OCUPAR SUA PRÓPRIA POSIÇÃO, ASSUMINDO OUTRO LUGAR NA DIALÉTICA, DESESTRUTURANDO-SE DO SEU LUGAR NARCÍSICO E BUSCANDO UMA NOVA FORMA DE LINGUAGEM. ESSA INTERVENÇÃO PATERNA EVITA QUE O SUJEITO SEJA SUBMETIDO AO ASSUJEITAMENTO DO DESEJO DO OUTRO. DESSA FORMA, NO TERCEIRO TEMPO DE ÉDIPO, O SUJEITO É FORÇADO A CONSTITUIR SEU PROJETO SUBJETIVO, NA QUAL FAÇA SOMENTE UMA ESCOLHA. ASSIM, RECEBERÁ UM NOME PRÓPRIO MARCANDO-O PARA SEMPRE E O FAZENDO RECONHECER-SE E SER RECONHECIDO. MAS ESSE NOME É ESCOLHIDO POR MEIO DO SIMBOLISMO DA METÁFORA DO NOME DO PAI COM A FINALIDADE DE DESARTICULAR O IMAGINÁRIO EM QUE A MÃE TORNAVA-SE OBJETO DE DESEJO, PASSANDO PARA O MUNDO CULTURAL, SITUANDO ESSE SUJEITO A ASSUMIR SEUS SINTOMAS, SEUS ATOS FALHOS, SEUS CHISTES E RECALCAMENTO, POIS DEIXARÁ DE SER OBJETO DO GOZO DA MÃE PARA ASSUMIR SUA PRÓPRIA FALTA. COM ISSO, CONCLUI-SE QUE POR MEIO DO DITO DO PAI, A CRIANÇA DESCOBRE SUA PRÓPRIA LINGUAGEM, O QUE REPRESENTA COMO SUJEITO DO DISCURSO, FAZENDO SURGIR SUAS ZONAS ERÓGENAS, TORNANDO-O UM SER DESEJANTE E DESEJADO. POIS AO NASCER A CRIANÇA DEPARA COM O INCONFUNDÍVEL AMOR MATERNO, QUE AO AMAR EXCESSIVAMENTE, DEIXA AFLORAR SEUS DESEJOS NÃO CONCLUIDO, POR ISSO SURGE A NECESSIDADE DA INTERVENÇÃO PATERNA, DESIGNANDO O PAPEL QUE CADA UM DEVERÁ OCUPAR NO CONTEXTO, O PAI, A MÃE E O NOVO SER, NO QUAL ESTE DEVERÁ SER INSTRUIDO PARA OCUPAR SEU LUGAR COMO SUJEITO, CONHECENDO SEU MUNDO PESSOAL E SOCIAL.
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